«A Poesia da Forma»… cerâmica
A Bienal Internacional de Cerâmica Artística, que se realiza em Aveiro, promove, este ano, uma interação com as escolas, sob o projeto «A Bienal vai à Escola: Poesia da Forma». Alunos das escolas do concelho foram desafiados a escrever poemas subordinados ao tema “os medos”. Da poesia dos estudantes sairão obras artísticas, pelas mãos de ceramistas, que as exibirão na exposição e depois as oferecerão às escolas. Das várias escolas do Agrupamento de Aveiro participaram alunos com poemas, alguns dos quais também se encontram expostos.
As obras a concurso, assim como as realizadas com base nos poemas dos alunos e estes mesmos textos podem ser visitados no edifício Atlas Aveiro e em outros 13 espaços da cidade até 22 de janeiro.
Os medos
Todos nós temos um
É algo natural
E seja grande ou pequeno
Traz com ele todo o seu mal
Fazem-nos sentir pequenos
Sempre que nos vêm à cabeça
E por muito que tentemos
Complicado é fazer com que o sentimento
Persistente se desvaneça
Sentimento este doloroso
Que nos faz ficar sem ar
E sentimos o nosso mundo
Prestes a desabar
Sentimento este tristonho
Que nos faz sentir sem chão
E é normal a sensação
De um aperto no coração
Superar um medo não é fácil
Mas tentar não é em vão
E podemos chegar muito longe
Com coragem e dedicação
Ana Rita Bispo, 10.º B E. S. Homem Cristo
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O medo
O medo é …
A corda que te puxa para trás
A voz que te manda recuar
A porta que não quer abrir A parede que te trava
A sombra que te persegue
A escuridão que te assombra
A corrida sem destino
A sensação que permanece incógnita
O medo é …
O espelho dos segredos
O falso amigo que não desaparece
O pesadelo que te atormenta
O traidor mais convincente
O veneno que te paralisa
O pensamento que te bloqueia
O sentimento eterno companheiro
Até daqueles que se dizem destemidos
O medo é …
Cada obstáculo da vida
Solidão, fracasso
Conhecido e desconhecido
Noite e dia
Verdade e mentira
Viver e morrer
Ter medo é ser humano
Enfrentá-lo é ser melhor
Mas afinal o que é o medo?
Jéssica Simões, 10.º B , E. S. Homem Cristo
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O medo
O medo que cresce
O medo que destrói
O medo de amar
Tenho medo
Medo da solidão, da escuridão da noite, do vazio dos dias
O tempo passa e tudo é efémero,
Tudo é nada
Estar só
Sentir para sempre esta ausência, esta angústia
Tenho medo
Mas quero que a força do medo que eu sinto
Não me impeça de ser quem eu sou
Rita Santos 10.º B , E. S. Homem Cristo
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Eu tenho alguns medos, mas eu…
Eu tenho alguns medos…
Tenho medo do escuro!
Mas para não ter medo
escondo-me debaixo dos cobertores…
Ou bebo água,
Vejo televisão,
Ou vou para perto dos meus pais…
Eu tenho medo!
Tenho medo de ladrões…
Por isso escondo-me debaixo dos lençóis.
E não gosto de barulhos de noite…
Quando isso acontece, eu abraço a minha cadela,
Ou um peluche, ou a minha mãe.
Eu tenho medo!
Tenho medo de aranhas, mas olho para o meu gato,
ou imagino futebol, ou… adormeço… (e ronco… hi hi hi).
Eu tenho medo!
Tenho medo de perder os meus familiares, por isso, passo mais tempo com eles.
É verdade: às vezes eu tenho uns medos… Ah, mas…
quando eu tenho medo, mas mesmo muito medo,
Eu penso em coisas boas, em pensamentos felizes!
Autores, alunos do 4.º A de Santiago:
Alice Barros, Ana Gama, Camila Santos, Camila Pinto, Carolina Ferreira, Catarina Laranjeira, Constança Santos, Dinis Fonseca, Diogo Barbosa, Duarte Ribeiro, Gabriel Figueiredo, Gonçalo Dias, João Brandão, José Evangelista, Ketlly Souza, Manuel Freitas, Maria Andias, Mariana Aguiar, Mariana Meneses, Marta Dias, Martim Ladeira, Miguel Ferreira, Scarlet Santos, Tiago Silva, Tomás Dias, Yamen Elfergani.
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“O medo”
Amo tudo na minha casa
Ando na casa a sorrir
Mas eu tenho medo de uma coisa
Que é dormir!
Não sei se são fantasmas
Ou os pensamentos assustadores
Tento fazer programas
Mas a dormir sinto horrores!
Tento ultrapassar
Mas não consigo
Nem sequer parar de pensar
E que tal, dormir contigo!
Joana
Às vezes não sei o que fazer…
tenho medo de me atrever!
mas tenho de o enfrentar,
será a única maneira de o parar.
Devo continuar a tentar?
O que será melhor para mim!
tentar e falhar ou
não tentar para não me magoar.
Leonor T.
Turma 5º D, Escola Básica João Afonso
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“O Medo”
O medo é um sentimento que se vai vencendo com pequenos passos corajosos… mas que eu ainda não os descobri!
Sinto medo quando penso que me vai acontecer alguma coisa de mal; parece-me impossível fazer o que quer que seja; fico sem reação; o meu coração bate muito depressa e nem me consigo mexer.
Costumo ter medo quando, à noite, me vou deitar e os meus pais encostam a porta do quarto. Não sei explicar por que é que me sinto assim… talvez, porque tenha medo que apareçam ladrões para me roubarem.
Também sinto medo quando alguma pessoa de quem gosto fica sem dar notícias durante muito tempo… por exemplo, aqui há tempos o meu avô foi para o hospital e ficámos sem saber o que é que ele tinha… aí senti medo.
Também sinto medo por não ser capaz de dizer a verdade, porque, às vezes, a verdade dói… por exemplo, se faço um disparate e tenho de o confessar, sobretudo, ao meu pai! E aí sim pode doer!!
Medo é gostar muito dos meus familiares/amigos e não os querer perder, ou seja, ver partir alguém que pode nunca mais voltar faz-me ficar com medo.
O medo é o mundo inteiro a pensar que o pior ainda está para vir… por exemplo, quando apareceu a COVID fiquei com muito medo, mas não sabia que ia ser tão grave!
Bernardo P.
6.º J
Escola João Afonso de Aveiro
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O Medo
Medo é um sentimento mau.
É uma coisa que todos nós já sentimos.
Dr. Medo, por favor, diz-me lá o teu segredo!
Ou tu também tens medo?
Tiago
Medo é um sentimento
Azedo, como o limão
e faz bater o coração.
Talvez o sintas à noite…
com medo do escuro,
mas vai com alegria,
que é igual ao dia!
Vicente
O medo assusta,
parece o cuquedo
a fazer um enredo.
No escuro da noite
sinto um arrepio,
ou até abandono.
Miguel e Gonçalo
O medo é um sentimento,
que pode dar um arrepio.
ou simplesmente frio,
é como um bicho mau,
mas não é um pica-pau!
Laura
Medo é um modo de viver,
Viver sem medo, transforma-te!
num Cuquedo, alegre e divertido
onde o medo não faz sentido!
Afonso
O medo é algo assustador,
parece um inferno de dor,
um corredor de terror,
pode ser horrível e terrível,
medo, não é brinquedo!
Ema
O medo pode ser manipulador,
pode-te encurralar
e ficares perdido no mar,
Ou o para-quedas nunca mais parar…
Miguel M.
O medo é um sentimento azedo,
sentimos medo quando estamos com alguém,
mas se de repente, já lá não está ninguém?
apetece-me correr, fugir…
mas volta o medo a seguir,
e com tanto medo, já não o consigo dividir.
Laura M.
O medo serve para nos proteger,
é algo essencial,
às vezes pode-se abater,
mas é muito especial.
O medo é assustador
Com enredo de filme de terror,
Pode causar muita dor,
E continuo com temor.
Ana Cristina
O medo é mau…
Mau como o corona,
porque mata,
apanha-nos de surpresa,
e sem qualquer certeza…
Mariana P.
Medo tenho,
O medo anda no ar!
Pode ser chuva…
Uma nuvem escura…
Ou uma aranha em aventura!
Luna e Leonor A
Tenho medo do elevador,
Se caio fico com dor
Médico nem pensar!
Mas se calhar…
Diogo e Pedro
Medo temos ao enfrentar os nossos medos.
E é algo que todos já sentiram.
Dor é algo de que temos medo.
O medo é um sentimento.
Alessandro
Medo é ser medricas.
Esqueleto que pavor.
Doutores que horror!
Odeio sentir medo.
Leonor M.
O medo…
um sentimento azedo,
como o limão,
prefiro ver um pavão.
Salvador
Medroso, é ter medo de ficar
Entalado no elevador,
Dor, muita dor…
Oh! deixa-me andar!
Salvador V. /João P/ Alícia
Leonor M/João F.
Alunos do 4.º A da Escola Básica da Glória
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“O Medo”
Para mim o medo é algo,
que não se sabe como é,
mas dá para sentir de diferentes formas,
Como se fosse o bicho-papão.
Pode ser uma coisa boa,
porque ele existe para nós o enfrentarmos,
se nós enfrentarmos o medo,
tornamo-nos em pessoas mais fortes.
Já tive uma experiência de medo, um pesadelo…
estava na praia e fui ao mar com o meu pai,
afogamo-nos, a pele já estava enrugada.
Quando acordei, fiquei com medo…muito medo!
Nunca o esqueci…
Ainda hoje, tenho receio de sonhar com isso.
Beatriz M. 6º J
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[fim dos poemas no âmbito da Bienal de Cerâmica]
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Poemas de aluna do 1.º A Santiago 2020.21
Poema Colorido
Branco como as nuvens.
Cor-de-rosa como o algodão.
Azul como o céu.
Verde como a montanha.
Amarelo como o girassol.
Preto como a noite escura.
Castanho como a terra.
Cinzento como os dias de chuva.
Cor-de-laranja como o Sol.
Vermelho como as cerejas.
Roxo como as amoras.
Colorido como uma pulseira.
Colorido como arco-íris.
Colorido como o unicórnio.
As cores pintam o Mundo!
Constança Rocha, 1º A
Obrigado!
Obrigada pelas ondas do mar…
Obrigada pela areia quente…
Obrigada pela chuva fresquinha…
Obrigada pela água transparente…
Obrigada pela terra fofinha…
Obrigada pelo sol que nos aquece…
Obrigada pelo canto dos passarinhos…
Obrigada pelo pólen das flores…
Obrigada pelo mel das abelhas…
Obrigada ao vento que empurra
Os barcos de volta à ilha…
Obrigada, planeta Terra, pelas maravilhas que nos dás!
Constança Rocha, 1º A