E@D… OU DO ENSINO “REMOTO PRESENCIAL”

E@D… OU DO ENSINO “REMOTO PRESENCIAL”

E@D… OU DO ENSINO “REMOTO PRESENCIAL” 1606 1282 Agrupamento de Escolas de Aveiro

No ensino à distância, não basta ligar os computadores

 “O desafio das próximas semanas para os professores é pedagógico, mais do que tecnológico”. Para as famílias, é de teste a uma resiliência acrescida, e da sua capacitação como parceiro educativo da escola no processo de ensino aprendizagem. Para os alunos, de afirmação da sua responsabilidade, autonomia, capacidade e exercício responsável no seu processo de construção duma identidade, que passa obrigatoriamente pela escola. É neste modelo, contexto pandémico e circunstâncias que temos / podemos atuar? É neste modelo que responderemos e diremos presentes. TODOS.

Grosso modo, apesar das aprendizagens e ensinamentos decorrentes e acumulados com a experiência do 1º confinamento em março/abril de 2020, e dos “confingimentos” parcelares e erráticos do início do 2º período, vão reviver-se os mesmos problemas e as mesmas frustrações, angustias e inquietações.

Enquanto professores temos por isso um enorme desafio pela frente: tornar o ensino à distância o mais estimulante possível, sabendo à partida que a parte mais atrativa da escola não estará lá.

É confrangedor ver uma geração de miúdos/jovens a abdicar de parte da sua infância e adolescência. Por isso, cabe-nos a nós, pais e professores, colocarmo-nos “nos seus sapatinhos” e perguntar: e se fosse consigo?

Como já escrevi em tempos, em idêntica circunstância, estamos todos na mesma tempestade, mas não todos no mesmo barco. Dito isto, e todos conscientes que estamos de que a situação é muito difícil, mas solucionável. De que a solução passa por nós, pelos nossos comportamentos sérios e responsáveis, vamos tudo fazer para mitigar esta época de profundo revés, e por “mãos à obra”.

Para que a “obra” aconteça, há regras, normas, boas práticas, posturas, comportamentos e responsabilidades que têm de acontecer, e sem as quais tudo ficará inexoravelmente comprometido. Contamos com todos, de modo colaborativo, disponível, com razoabilidade e bom senso como regras de ouro.

Todos sabemos quais são essa regras, e na página eletrónica do Agrupamento de Escolas de Aveiro temos vindo a produzir informação vasta, de qualidade, para utilizadores de literacia reduzida até utilizadores de literacia digital elevada, desde tutoriais, normas, legislação, roteiros E@D, links uteis, apoios à implementação do E@D, informações, boas práticas, etc., material que não se deverão dispensar de consultar.

 

Para os alunos relembramos o endereço de email: avozdosalunos@aeaveiro.pt, via direta para questões mais pontuais que queiram reportar, alertar, dar contributo critico, sugestões, fazer reparos, reportar elogios de boas práticas.

Para todos os ciclos recordamos o apoio extra do #EstudoemCasa, que a RTP Memória emite diariamente, recurso disponível e de grande utilidade.

Em todo este contexto pandémico e de dificuldade acrescida, ganham particular relevância as atitudes de PROATIVIDADE e de termos FEEDBACK do que está a ser desenvolvido, sua eficácia, pertinência, razoabilidade. Nunca da situação particular de cada um (que merecerá a nossa atenção especifica sempre e quando seja do nosso conhecimento e nos seja reportada) mas numa abordagem transversal e abrangente.

Temos implementada, ativa e a funcionar em pleno, a Equipa de Apoio e Tutoria para os alunos que em dificuldade de recursos ou de competências, nomeadamente digitais, necessitem do apoio supletivo da escola, mediante estratégias em suporte papel, que produziremos, entregaremos e recolheremos, nos moldes estabelecidos e de que cada um dos beneficiários identificados já terá conhecimento através dos respetivos Diretores de Turma.

Para quem tiver dificuldades de equipamentos (docentes ou famílias/alunos) o AE tem nas suas escolas salas apetrechadas com computadores fixos, com camara, (e sob supervisão de docentes), que permitirá suprir dificuldades momentâneas, pontuais, que não sejam possíveis de ultrapassar pela via dos documentos em suporte físico de papel.

À data de hoje, todas as turmas/alunos e EE têm já em sua posse o organizador temporal semanal (vulgo horário), para as aulas síncronas e assíncronas. Procurámos equilibrar os tempos e momentos, numa percentagem de aulas síncronas que rondará os 50% da mancha semanal se o regime fosse presencial, quando o governo apontava para um indicador na casa dos 70%, que nos pareceu desajustado e demasiado pesado.

As aulas síncronas carecem do exaustivo cumprimento do papel que cabe a cada interveniente, e de onde ressalto, a presença visual objetivamente observável (não pode haver recusa de câmara ligada, pois os alunos e docentes não estão nem mais

nem menos expostos do que o estarão em sala de aula presencial. As restrições e criminalização são para a gravação -proibida- e para a sua divulgação-crime-), assiduidade, a postura e comportamentos adequados, o respeito por si e por todos os elementos presentes e assistir à aula, o cumprimento atempado das tarefas e atividades propostas/solicitadas. A exigência de terem conhecimento do resultado das atividades que foram solicitadas.

A avaliação não está suspensa.

Algumas notas finais:

 – Em confinamento, respeitando as regras inerentes, a par com as aulas, é muito importante zelar pela nossa saúde mental, pelo que nos permitimos relevar este aspeto determinante acautelando e promovendo atividades, medidas e comportamentos que cuidem estes aspetos psicológicos e de saúde mental.

 – Nestes tempos em que a relação escola família é transposta para cada um dos lares, afetando e condicionando fortemente as dinâmicas e os equilíbrios familiares, contamos convosco e apelamos a que tudo seja feito para o sucesso e a eficácia (a minimização dos impactos) das ações dum ensino de emergência, que apenas remedeia.

 Na certeza de que da nossa parte faremos o melhor que pudermos e soubermos para mitigar os efeitos desta relação pedagógica, funcional e interpessoal atípica, e de que além do papel de cada um, todos temos papéis e compromissos paralelos, pois a vida continua e o “pão” tem de chegar à mesa, desejamos muita saúde, muita resiliência, muita tolerância, muita colaboração, dar o melhor de cada um, e que esta “nova normalidade” passe rapidamente, mas em segurança.

 Grato

O Diretor do AEA:

Vítor Manuel dos Santos Marques

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