Século XXI e está quase a fazer 1 ano que a covid -19 – um vírus que se transmite principalmente através das gotículas que são geradas quando uma pessoa infetada tosse, espirra ou simplesmente fala, transmitindo assim esta doença para outras pessoas- apareceu em Portugal, a 2 de março de 2020, começando por serem contagiados dois homens que vieram das férias de Itália e de Espanha, testaram positivo a este vírus infecioso.
Após a verificação de mais casos positivos, Portugal entrou em quarentena no dia 18 de Março, decretado pelo Presidente da República, estado de face à situação excecional de saúde pública mundial e à proliferação de casos registados de contágio de COVID-19, restringindo vários dos nossos direitos para a melhoria da saúde pública.
Tivemos meses fechados em casa, adotamos máscaras cirúgicas, adotamos novos comportamentos, novos hábitos, novas maneiras de pensar, deixamos de estar com os nossos amigos, com os nossos adorados familiares tudo para uma melhoria de saúde pública … mas continuavamos a ver os casos positivos à covid-19 a aumentar mas o que nos assustava mais era o número de mortes que não parava de crescer …
Com isto passaram-se 6 meses de profundo desgosto, vimos familiares de outras pessoas a partir, os nossos também… mas o que podiamos nós fazer? Os médicos lutavam sempre com tudo o que tinham, apesar de ser uma doença nova conseguiram fazer utentes recuperar, obviamente que virão outros a partir, infelizmente. De nós população em quarentena, esperavam que estivéssemos em casa pela saúde pública, mas arrisco- me a dizer que muitos só quiseram ignorar e seguir em frente levando não só ao desastre pessoal mas também ao público, pois aquilo era um círculo vicioso, se não tinhamos medidas tomadas punhamo-nos em risco e às pessoas que nos rodeavam também e foi isso que aconteceu.
Não estou aqui para críticar, mas foi o que aconteceu e está acontecer. Erros do passado que se mantem no presente. Mas já lá vamos.
Verão, parecia estar tudo melhor, férias, medidas a tomar mas com a liberdade de poder sair de casa após 6 meses de quarentena. Penso que todos nós sentimos um alívio por poder sair e desfrutar um bocado, não pensando no futuro.
O governo deu-nos votos de confiança mas nem nós sabiamos como ivitar desfrutar de algo que já não tinhamos a tanto tempo, ar puro, amigos, praia mas acima de tudo o direito á nossa liberdade.
Setembro novo começo para muitos de nós, especialmente para nós crianças e adolescentes. Entusiasmados por ir para a escola, falar com professores, rever pessoas que não são nossas amigas , mas perceber que estavam bem, já era algo bom.
Porém, 6 meses de “liberdade” apesar das restrições e medidas postas, mas estavamos fora de casa, riamos, falavamos, contavamos piadas… e cá estamos nós, 2021, um ano que todos achavamos que ia ser diferente, mesmo com vacinas …
Em fevereiro voltamos ao que não queriamos, aulas á distância, fechados em casa, longe de quem gostamos. Vimos os casos a atingir 4 a 5 digitos o que foi e é assustador. Mas se olharmos bem para trás conseguimos perceber que enquanto era uma novidade e viamos 30 mortos e 100 casos positivos à covid conseguiamos ter mais medo do que ao ver 100 mortos e 900 casos positivos… conseguimos respeitar todas as medidas, o Governo por um lado conseguiu ajudar imenso na saúde pública em 2020 com restrições, mas que infelizmente em 2021 já não fizeram quase nada ao medo que a população está a perder.
2021 e já está marcado por “quarta-feira, os registos dão conta de 721 óbitos em todo o país: é o número mais alto desde que há registo e quase o dobro da média diária habitual, durante o mês de janeiro” e por ” Portugal passa a barreira do 15000 casos positivos á covid-19 num dia.” Também marcados pelos hospitais em colapso, médicos a apelar para ficarmos em casa, triste a situação a que nós chegámos, é de arrepiar.
Chegamos a fevereiro e finalmente o governo cede e fecha escolas, restaurações, determina medidas de confinamento e graças a estas medidas e por os portugueses estarem a pereceber que isto de facto não é uma simples doença conseguimos descer números de óbitos por dia e casos positivos à covid-19.
Será desta, que todos nós vamos aprender com erros do passado e por a saúde publica a frente ? Digo, passado, porque os dias com maiores óbitos, com mais casos positivos, com menos … já é passado e temos que nos focar no presente para um futuro de liberdade e saúde pública!
Lutamos pela liberdade em 1974 no dia 25 de Abril, e ficou para a história.
Então vamos lutar pela saúde pública, ajudando os médicos que se encontram em hospitais a cuidar daqueles que não se encontram melhores que nós relativamente à covid e ficar para a história, o dia que conseguimos expulsar este maldito vírus de Portugal!!
Beatriz Borges Loura, 17 anos, Aveiro.
Texto de Beatriz Borges Loura 10º TAP
Vídeo de Maria Cavacas e Adriana Branco 10ºTAP