«O Grito da Imaginação» é o nome da exposição da Paula Rego, que esteve patente, de 16 de novembro de 2024 a 19 de janeiro de 2025, no Museu de Santa Joana, ou Museu de Aveiro, como também é conhecido. Durante esse tempo estiveram reunidas pinturas, gravuras e desenhos, os quais percorrem várias fases da vida da artista, destacando «A Cela», «A Cinta».

As suas obras são deveras profundas e versáteis, sendo ela reconhecida pela sua capacidade de abordar temas complexos e estigmas da sociedade, através da sua narrativa visual; explorando, sobretudo, questões como a dor, tanto física, como psicológica, a vergonha, a violência, a solidão e as experiências femininas na sociedade. Esta exposição permitiu, além de uma reflexão sobre os temas subjacentes que os jovens conhecessem o trabalho de uma artista portuguesa tão importante.
Isto foi fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Aveiro e a Fundação Serralves, que escolheram as obras da Paula Rego como ponto de partida, face ao seu impacto artístico, nacional e internacional, que tem, eu diria que foi um grande acerto. Para além disso, o facto de a entrada ter sido gratuita foi um incentivo para que todos pudessem usufruir de uma experiência enriquecedora. Foi uma incrível oportunidade para, tanto os estudantes, artistas, como o público em geral, se envolver com a arte de uma das mais marcantes figuras da pintura contemporânea portuguesa.
Em suma, «O Grito da Imaginação» não foi apenas uma simples exposição; foi uma viagem ao universo de Paula Rego, ao seu «eu» mais íntimo, já que é isso que a arte transmite. Fico lisonjeada por ter tido a oportunidade de deslumbrar aquelas pinturas.