No pretérito dia 26 de maio, ocorreram eleições para a composição do Conselho Geral para o quadriénio de 2021 a 2025, no que diz respeito aos representantes do pessoal docente, não docente e alunos. É de enorme importância para qualquer Agrupamento este sufrágio, já que legal, regular e estatutariamente, é o único momento em que, de uma forma democrática e direta, livre e pluralista, cada sujeito do processo educativo, pode eleger os seus representantes. Este é um acontecimento raro que só sucede de 4 em 4 anos, e constitui inequivocamente o momento democraticamente mais importante de cada Agrupamento.
A eleição direta de 10 dos elementos que irão compor o Conselho Geral legítima a ação executiva de uma Direção de um Agrupamento, garante uma universalidade de opiniões da sociedade académica e associativa, permite um diálogo fundamental com a poder autárquico (num contexto de descentralização administrativa com crescente responsabilidade da Camara Municipal no Ensino) e é uma garantia de uma Escola plural e providente, muito atenta às carências sociais que se verificam no nosso concelho.
O Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Aveiro é ainda no espirito da lei, um fator de estabilidade no regular funcionamento dos diferentes órgãos de gestão, e procura faze-lo com responsabilidade crítica, mas sempre construtiva.
No dia 15 de junho, em reunião extraordinário do Conselho Geral foi eleito presidente e vice presidente deste órgão, o docente Jorge Miguel da Rocha Gonçalves e Maria Judite de Carvalho respetivamente.
A Escola no nosso Agrupamento faz-se de exigência, de dedicação, de inovação, de ética e a Escola Pública, como aconteceu no passado mais recente que, com o Serviço Nacional de Saúde, foram os dois grandes esteios da sobrevivência de milhares de cidadãos portugueses.
Desta conjuntura dramática que atingiu todos, professores e alunos com efeitos preocupantemente desiguais e injustos, se conclui para sempre que, o melhor lugar para estar é indubitavelmente a Escola.
A Revolução mais profunda, mas igualmente mais tranquila e pacífica é a Educação em todos os graus de aprendizagem, e a Escola deve estar atenta às necessidades do presente, às preocupações civilizacionais do momento, agindo e combatendo, sem tréguas, as desigualdades sociais.
A igualdade é um direito fundamental e a preocupação com a justiça social deve ser recordada e ensinada a todos os alunos do AEA, desde a mais tenra idade.
No AEA, pedagogicamente exige-se uma ação que valorize a reflexão e o pensamento crítico, a investigação científica e o labor coletivo dos alunos. Como diria o filósofo, “ a função do professor não é ditar o pensamento, mas ensinar como pensar”.
O AEA é uma Escola de liberdade onde diariamente se vivem os princípios democráticos assumidos na sua plenitude na defesa da diversidade e da pluralidade.
Jorge Miguel Gonçalves PCG do AEA.