Na antiga, mui nobre, sempre leal e invicta cidade do Porto, onde as ruas ecoam histórias de resistência e revolução, mergulhamos numa jornada de descoberta dos anos de luta pela implantação do liberalismo. Desde os majestosos arcos da Ponte Luís I até aos corredores da antiga Cadeia da Relação e aos salões do Palácio da Bolsa, cada passo nos leva a desvendar os ideais e os combates que moldaram o tecido social e político do país, apoiados nesta cidade icónica. Neste texto, embarcaremos numa viagem fascinante pelos marcos históricos do Porto, explorando como estes locais emblemáticos refletem e preservam os valores do movimento liberal que agitou Portugal durante o século XIX.
Uma visita de estudo, no passado dia 22 de março, em que todos participaram ativamente: cada ponto do roteiro foi explicado pelos alunos da turma. Esta dinâmica permitiu-nos ficar ainda mais imersos na história que estávamos a conhecer.
Começámos o nosso percurso em Gaia, ao sair na estação General Torres, nomeada em homenagem a uma figura muito importante do liberalismo português. De seguida, subimos à Serra do Pilar. Na fotografia de grupo, ficou registada a vista privilegiada que este local oferece.
Entrámos no Porto a pé, pela emblemática Ponte Luís I, sem esquecer o passado, onde, primeiro a Ponte das Barcas e, depois, a Ponte Pênsil, permitiam a passagem por cima do rio Douro.
As ruas antigas que percorremos durante a manhã levaram-nos à Sé do Porto, ao Batalhão Académico — símbolo da luta estudantil liberal — e, de entre todas elas, destacamos a Rua dos Mercadores, referência a uma atividade económica tão importante para a cidade.
Depois de uma pausa para o almoço, em que tivemos liberdade para explorar os arredores do Cais da Ribeira, uma das áreas mais antigas do Porto, reunimo-nos no jardim em frente ao Palácio da Bolsa, aproveitando para visitar o Mercado Ferreira Borges, outro lugar que, pelo nome, destaca uma das pessoas indispensáveis no crescimento do liberalismo no país, ao ter sido um dos fundadores do Sinédrio.
A visita ao Palácio da Bolsa transportou-nos para um mundo de glamour e requinte, com as suas salas revestidas com talha dourada, candeeiros imponentes, quadros representativos da nossa História… Tal como a Rua dos Mercadores, este belo edifício demonstra a notoriedade da atividade comercial na cidade do Porto.
Seguidamente, admirámos a paisagem no Jardim das Virtudes e, após uma longa subida, no Miradouro da Vitória. A viagem pela História de Portugal continuou, não apenas na sua vertente política, mas também na cultura da época: com a casa onde nasceu Almeida Garrett e a Cadeia da Relação, onde esteve preso Camilo Castelo Branco, ficámos a conhecer um pouco mais da vida destes dois autores, nomes prestigiados do romantismo literário do nosso país.
Para concluir a nossa rota do liberalismo, procurámos entender o significado histórico do Campo Mártires da Pátria e da Praça da Liberdade. O primeiro é uma homenagem aos liberais que se opuseram ao governo de D. Miguel, acabando enforcados e, a segunda, o local onde está a estátua de D. Pedro IV, o rei liberal.
Este dia sublime terminou na estação de São Bento. A viagem de regresso foi repleta de gargalhadas e recordações de bons momentos que pareciam ter já acontecido há muito tempo. Obrigada a todos os que tornaram possível realizar esta viagem!
Nina Andrade, Matilde Ferreira e Mercês Teixeira (11º D)